sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Elevador para o espaço


O elevador espacial é um projecto que pode ser realizado nas próximas décadas, talvez a partir de 2050, se for levado a sério. Mas notícias do site Space.com afirmam que a construção pode começar a partir de 2015.

A órbita da Terra, a Lua, Marte, Vénus, os asteróides e além - serão rotineiramente acessíveis através deste elevador. E com todas estas características monstruosas, este mega-projecto seria construído usando a mais minúscula das tecnologias - nanotubos do carbono. A proposta do elevador espacial foi destacada durante as conferências do espaço e robótica, em 2002. O seu principal trunfo é a economia, uma vez que o elevador irá substituir os caríssimos vaivéns usados até agora. O estudo de Smitherman mostrou que, uma vez pronto, seriam gastos $150 por passageiro transportado até à estação orbita - nos vaivéns espaciais, esse custo por pessoa é de $2 milhões.

É claro que a construção exigirá somas igualmente astronómicas e décadas de pesquisa. O elevador espacial necessita de um cabo 100 vezes mais resistente que os feitos de aço. Para isso, a NASA já pesquisa um material composto de nanotubos de carbono – fibras microscópicas, dispostas de forma a garantir extrema resistência. Será necessário ainda uma base na Terra com 15 km de altura. Esta base terá de se localizar perto da linha do Equador, podendo o Brasil ser o país "hospedeiro", excluindo assim países como os EUA, Japão e países europeus. Para quem achar que não passa de um delírio, vale a pena reflectir sobre a declaração do escritor Arthur Clarke: "O elevador espacial ficará pronto 50 anos depois das pessoas pararem de rir dessa ideia". Em 12 anos, seria possível lançar toneladas de carregamentos a cada três dias, a um baixo custo, afirmou Bradley Edwards (Universidade de Berkeley, Califórnia). "Em 15 anos nós poderíamos ter uma dúzia de cabos a funcionar totalmente que põem 50 toneladas no espaço a cada dia, e com um custo menor... Agora eu necessito apenas de $5 biliões" acrescentou Edwards.

O projecto do elevador espacial tem três grandes problemas pela frente: o primeiro é desenvolver a propulsão electromagnética para mover o veículo pelo cabo a velocidades na ordem dos 2.000 km/h, carregando dezenas de passageiros e toneladas de carga; o segundo desafio é construir uma torre de 15 km de altura, de onde deverá partir o elevador, necessária para dar estabilidade ao sistema (em comparação com a maior construção existente, que apenas mede 2/3 de km, esta é uma estrutura monstruosa); e o terceiro é arranjar um local onde se possa "ancorar" o cabo do elevador no espaço, o que significa desviar um asteróide ou construir uma estação a uns exactos 35.786 km da superfície terrestre. Neste local encontra-se a órbita geostacionária (GEO) onde os objectos têm a mesma velocidade de movimento que a velocidade da Terra, logo, não haverá deslocamento, com a possível destruição de todo o sistema. As forças da gravidade na extremidade mais baixa e a aceleração centrípeta na extremidade mais externa irão manter o cabo sob tensão.

Fonte: http://teknospace.no.sapo.pt/elevador_espacial.htm



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